O ano de 2019 foi denso, arrastado, complexo. Um ano que, no âmbito pessoal e no trabalho, começou com uma perspectiva muito instigante, totalmente nova, mas no desenrolar de dias, de janeiro a abril, patinava e apresentava dificuldades muito maiores do que eu era capaz de prever ou imaginar.
Pouco a pouco tive de encontrar soluções para questões, a principio, muito espinhosas. E pouco a pouco fui assistindo a mudanças externas e principalmente internas, cavando meu próprio abrigo, usando as sombras para contar novas histórias. Um novo papel, novos desejos, num novo mundo com cara de velho.
Os tempos chegaram com atraso, vieram em 2019 marcados por velhos sabores, pela dureza de outros tempos que agora se reinventam e se apresentam como o paradoxo a ser digerido. Tudo aquilo que não é bem resolvido de outrora, por vezes volta, e ao voltar pode ser muito mais desafiante do que antes. Desconsidera as formulas prontas e exige repertórios novos.
Mas assim como começou, 2019 terminou e cheguei ao fim assistindo tudo de pé. Ao fechar de cortinas do último dia do ano, pela primeira vez, decidi participar a famosa Corrida Internacional de São Silvestre!
Muito quente (quase 30 graus), muita gente (32 mil inscritos esse ano), de muitos lugares (Brasileiros de todos os cantos mais atletas de 41 países), muita alegria e muita energia!!! Nada pouco para um evento com 95 anos de existência. Meu respeito e admiração a todos os milhares que por aqui passaram, os de agora e os de toda história. Sempre me faltarão palavras para traduzir a beleza de viver isso.
Uma lição para vida: andar, largar, correr, ver a cidade, pegar a fila, chegar. Tudo isso observando esse lugar de um jeito totalmente novo, correndo por fora e curtindo por dentro em câmera lenta. Obrigado São Paulo. Essa avenida que tem seu nome – Paulista como os Paulistas – fez e faz o sonho e a aventura dos que por aqui passam.
Valeu São Silvestre! Ano que vem eu tô de volta.